quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Porque parei? (de postar) 6ª parte

Após a visita oficial veio um japa marido de uma amiga do Incor, conversamos um pouco e ele se foi. É bom receber visitas, e são especiais aquelas que você não está esperando. Foi anoitecendo e chegou o jantar eu queria comer mas nada me apetecia, enjoava só de ver o acompanhante ajudar a mãe dele a comer. Veio uma banana e foi meu jantar, pedi auxílio pro acompanhante da minha vizinha colocar água no copo pra mim. A banana não caiu bem e voltou tudo, chamei a enfermagem e pedi remédio de enjoo, não sei qual recebi porque não perguntei. só sei que senti minha boca seca e umas ondas de calor, logo o suor estava brotando na testa. Devia ser quase 20h quando chegou uma turma de colegas do Incor pra me visitar, fizeram a volta na cama, batemos papo um pouco e depois se foram, estavam saindo do plantão. Visita é muito bom, pois chega uma hora que a gente precisa de um incentivo pra aguentar a internação. Logo depois que eles saíram chegou a auxiliar que ia ficar como acompanhante da senhora do leito ao lado. Veio o lanche da noite e era bolacha doce com chá, desceu melhor. Logo depois a moça acompanhante arrumou a poltrona e se ajeitou pra dormir e falou que caso precisasse era pra eu chamar, tudo escuro, dormi também. De madrugada acordei com minha bexiga cheia, quando ia chamar a enfermagem a moça se ofereceu pra me ajudar, disse que não precisava mas ela insistiu, dai aceitei né? Dormi até de manhã, não me lembro se tomei café. Me lembro de ter recusado a dipirona, eu tinha pouca dor e a impressão de que era essa medicação que estava me dando náuseas, pois não tinha outro motivo. Por volta das 9h veio uma enfermeira do Incor que estava acompanhando estagiários de enfermagem, perguntei se ela podia me levar pro banho (no banheiro) ela foi verificar e disseram que não, pois ali na enfermaria ainda não tinha ficado em pé. Logo depois veio uma Auxiliar para me dar o banho, no leito. Ela veio com um aparato muito legal de dar banho no leito, é como se fosse um tambor com chuveirinho e a água estava com uma temperatura gostosa. Seria legal ter um daqueles na nossa enfermaria no Incor, invés de baldes e bacias. Segundo me disse a Auxiliar, enche ele uma vez e dá pra fazer vários banhos.
Tambor com água para banho no leito.
Achei esse aí encima que é parecido, o de lá era inóx, mesmo material dos baldes e bacias. depois do banho recebi visita de duas figurinhas maravilhosas que contrabandearam mexerica pra mim!! Que delícia poder comer algo que gostamos quando nada desce. Depois do banho e da mexerica deu um soninho e dormi um pouco. Acordei com uma equipe de médicos saindo dos pés da minha cama e indo pra cama ao lado, discutiram o caso da senhora, dizendo que ela ia embora assim que sentasse, ficasse de pé e aprendesse a subir escadas, pra não danificar a prótese. Assim que eles saíram, perguntei ao filho da senhora o que eles havia dito sobre mim. Ele falou que ouviu algo sobre alta. Caramba, isso é que é visita médica, nem perguntaram como me sentia. Veio o almoço e eu empolgada não tinha fome, embora as náuseas tivessem ido embora. Depois do almoço veio mais duas gratas personas me visitar, e eu pude me deliciar com um copo de coca-cola. A tarde meu irmão veio me visitar e meu filho Richard também. Meu irmão deixou o telefone comigo e disse que não aguentava mais atender ligações, falei que achava que estava de alta, pra ele ir verificar. Voltou dizendo que eu estava de alta e disse que ia providenciar medicamentos e buscar uma tipóia para o braço. Liguei pra Minha amiga Cida pra vir me buscar, ela falou que ia demorar um pouco pois o Júlio (marido dela) estava voltando de uma viajem e tinha achado um cachorro na estrada. Liguei pra minha irmã e pedi pra ela falar para minha mãe fazer uma canja sem gorduras e óleo. Enquanto isso elevaram minha cama pra eu me acostumar com a postura, bem que eu podia ter tomado banho de chuveiro pela manhã. Ninguém sabia da minha alta então não veio roupa pra eu ir embora, falei pro meu filho ir no Incor buscar minha roupa que estava no armário e liguei lá para a Enfermeira ver se eu tinha algo que desse pra cortar a manga e entrar no braço com o fixador, não tinha, mas a minha chefe ainda estava no plantão e mandou uma regatinha daquelas tipo segunda pele e foi a salvação. A Cida ligou que estava chegando, tudo estava arrumado, o Enfermeiro veio e deu rápidas orientações, colocou tipóia no braço direito e fez cara de quem não entendeu o porque daquilo, já era quase troca de plantão e eu queria sair logo. No IOT não deixam acompanhante descer com a cadeira de rodas um Auxiliar tem que acompanhar. Aguardei uma pessoa ficar disponível para descer comigo, entrei no carro com dificuldade, a tipóia estava atrapalhando, pegava bem encima de uma das inserções. No caminho a Cida foi me contando que o Júlio achou um cachorro (filhote) na estrada, parou o carro e pegou o bichinho, chegando em São Paulo eles levaram o cão pra tomar banho e só depois de deixar os dois em casa ela pode ir me buscar. Depois de mais ou menos 1h cheguei em casa. Fui andando do carro até a casa da minha mãe, nem cinquenta metros, eu me arrastava, só então percebi que tinha dificuldade na perna esquerda. Já imaginava a canja....

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